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Dor Aguda e Dor Crônica
A dor é dividida em aguda e crônica, essa classificação baseia-se principalmente pelo tempo de acometimento, sendo dor com mais de 3 meses considerada crônica, porém a diferença entre dor crônica e aguda é mais profunda que isso.
Dor aguda é considerada resposta natural do organismo frente a uma lesão real ou potencial, ou seja, ela é protetora. Geralmente é limitada por um curto período de tempo, e não há mudança estrutural das vias de interpretação da dor. É um sintoma praticamente universal, e as principais causas são as lesões traumáticas ( acidentes automobilísticos, quedas, procedimentos médicos invasivos), dores osteoarticulares como dor nas costas, joelhos, quadris, além da comum dor de dente.
O tratamento de dor aguda geralmente é feito com analgésicos e antiinflamatórios, porém eventualmente podem ser necessários procedimentos mais específicos como nos casos de hérnia de disco, cânceres e etc.
Dor crônica por sua vez, não representa apenas um sintoma, as vias de interpretação da dor já sofreram uma mudança estrutural, com isso, o sintoma continua mesmo com a interrupção da lesão tecidual. Desse modo, dor crônica é considerada uma doença, não mais como um evento natural, não mais protetora. Ela possui sinais e sintomas próprios, como mudança do humor, insônia, alteração intestinal, alteração de memória entre outros.
Acredita-se que aproximadamente 7% a 40% da população seja portadora de Dor crônica.
Como a Dor Crônica possui um complexidade própria, o tratamento torna-se mais complexo, sendo necessários diversos outros agentes, os analgésicos e antiinflamatórios passam a ser secundários no tratamento, e agora, os chamados adjuvantes, medicações que atuam no sistema nervoso para o controle da dor, exemplos de alguns antidepressivos e anticonvulsivantes, passam a ser fundamentais. Além de medicações, outros métodos são amplamente utilizados como psicoterapia, terapia ocupacional entre outros.
Com o aumento da tecnologia, alguns métodos invasivos, cirúrgicos, também passaram a fazer parte do arsenal terapêutico da dor crônica, como a radiofrequência, as bombas de analgésicos e os eletrodos para estímulo medular.
Para o melhor e mais eficiente tratamento dos pacientes com dor, exige do profissional o conhecimento das varias formas de dor, individualização dos sintomas e conhecimento profundo das técnicas para cada individuo, além disso, e não menos importante, o estabelecimento de uma ótima parceria médico-paciente, confiança mútua e comprometimento no processo de tratamento de cada paciente.