Doenças
Fraturas de Coluna Vertebral
A vértebra é uma estrutura óssea formada por uma camada externa chamada de cortical e uma camada interna chamada de esponjosa ou trabécular (Fig. 1). O osso cortical é denso e responsável pela resistência do osso e o osso esponjoso é menos compacto formado por trabéculas onde encontramos a medula óssea, estrutura responsável pela produção dos componentes do sangue.
O osso possui um componente celular e outro componente mineral (cálcio). Esses componentes estão em constante renovação, com proliferação celular e morte celular como também, a absorção e reabsorção de cálcio do osso para o sangue. Quando esse equilíbrio deixa de existir surgem algumas doenças ósseas, por exemplo, osteoporose que torna o osso mais frágil, aumentando as chances de fraturas.
As fraturas vertebrais (Fig. 2) podem ocorrer por traumas intensos (acidentes automobilísticos ou motociclísticos, quedas), mas podem ocorrer por traumas leves ou até mesmo sem traumas em casos de osteoporose.
Os sintomas mais comuns são dor intensa, desvios (Fig. 3) da coluna e déficits neurológicos.
Existem várias possibilidades de tratamento, uso de coletes (Fig. 4) por um período seguido de reabilitação muscular, a colocação de cimento (cifoplastia ou vertebroplastia) dentro da vértebra através de uma cânula passada pela pele com auxílio do Rx (Fig. 5) ou o tratamento cirúrgico com colocação de órteses para fixar a coluna (artrodese) (Fig. 6).
Cada paciente deve ser avaliado por um especialista para correlacionar os sintomas e o tipo de fratura para indicar a melhor forma de tratamento.
Fig. 1- (A) osso cortical, (B) osso esponjoso.
Fig. 4 - Colete de Jewett para fratura de coluna tóraco-lombar.
Fig. 2 - Fratura da vértebra (setas).
Fig. 5 - Imagem de Rx mostrando cimento ósseo no interior da vértebra fraturada (seta). Procedimento usado para tratamento da dor causado pela fratura. Feito por uma cânula passada pela pele até a coluna e injetado cimento ósseo, tudo guiado por Rx.
Fig. 3 - Imagem de RNM de coluna torácica mostrando múltiplas fraturas com deformidade cifótica (setas) da coluna torácica.
Fig. 6 - Rx de coluna tóraco-lombar mostrando fratura (seta) e parafusos acima e abaixo da fratura para fixar. Cirurgia realizada para fraturas graves ou aquelas que não cicatrizaram com o tratamento clínico anterior.