Tratamentos
Rizotomia
Lombalgia ou dor lombar é uma das causas mais comuns de incapacidade, aproximadamente 80% da população terão ou tem dor lombar.
Ela é definida como dor abaixo das últimas costelas até a linha glútea inferior, podendo ou não estar associada com dor na pernas.
A maioria das lombalgias é inespecífica, apenas 10% a 15% apresenta alguma causa identificável, como hérnia de disco, fraturas, tumor, estenose de canal vertebral lombar, artrose facetária. Devido a isso, o tratamento permanece um desafio, sendo necessário um exame médico muito cuidadoso e especializado, sob o risco de tratamentos inúteis e muitas vezes com alto risco.
Síndrome facetária, reflete a tradução clínica das alterações degenerativas das articulações facetárias vertebrais (artrose facetária), caracterizada por dor lombar, glúteos, parte posterior das coxas, agravada em posições mantidas por longos períodos e pela flexão, extensão e rotação do tronco. Os exames de imagem como, ressonância nuclear magnética e tomografia de coluna, mostram uma hipertrofia facetária, edema nas articulações, esclerose das faces articulares, porém a relação entre os sintomas e essas alterações permanece incerta.
As facetas articulares são inervadas por ramos dos nervos espinhais, esses ramos também inervam parte das estruturas dos tecidos moles da coluna, como ligamentos, cápsulas e músculos.
Rizotomia por Radiofrequência consiste em destruir esses ramos, próximos as facetas articulares utilizando calor, gerada por uma corrente elétrica concentrada na ponta de um eletrodo (Fig. 1,2,3). Esse eletrodo é posicionado, de forma percutânea, utilizando algum método de imagem (Fig. 4).
A eficácia do método, para o tratamento de lombalgia crônica, foi estabelecida em várias publicações, podendo atingir até 90% de alívio dos sintomas no primeiro ano após o tratamento.
Rizotomia Percutânea é um procedimento de baixo risco, podendo ser realizado com sedação e anestesia local e não necessitando de internação hospitalar.
Fig 1 - Círculo do gerador e o eletrodo colocado no paciente, gerando o calor.
Fig 3 - Posicionamento das cânulas em detalhes.
Fig 2 - Posicionamento das cânulas percutâneas, juntamente com os eletrodos conectados ao gerador. Paciente em decúbito ventral.
Fig 4 - Imagem de Rx da coluna lombar mostrando o posicionamento do eletrodo.